Stablecoins: uma ponte para empresas globais que atuam em mercados emergentes

O que você precisa saber

• As stablecoins estão se tornando uma ferramenta essencial para pagamentos internacionais em mercados emergentes.
• Elas oferecem liquidação mais rápida, custos operacionais menores e proteção contra a volatilidade da moeda local.
• No mundo todo, as stablecoins são cada vez mais utilizadas para pagamentos a fornecedores, remuneração de colaboradores, operações de tesouraria e transações de comércio eletrônico.
• Desafios ainda existem em relação à liquidez e à busca por rampas de entrada e saída confiáveis. A oportunidade, porém, é inegável e está pronta para ser aproveitada.

Os negócios globais estão avançando mais rápido do que nunca, mas alguns mercados ainda ficam para trás quando o assunto é infraestrutura financeira. Em muitos mercados emergentes, flutuações cambiais, atrasos na liquidação e regras rígidas para câmbio são desafios diários para o crescimento.

As stablecoins surgiram como uma solução prática. Elas oferecem às empresas uma forma de manter e transferir valor em dólar sem depender dos bancos locais. E o ritmo está acelerando: em 2024, a oferta média global de stablecoins em circulação atingiu US$ 208 bilhões.

O potencial é muito maior que isso. Hoje, as stablecoins representam menos de 1% de todo o volume de pagamentos internacionais — mas enfrentam um mercado endereçável total de aproximadamente US$ 16,5 trilhões. Dentro dessa oportunidade, os pagamentos B2B envolvendo mercados emergentes apresentam o maior potencial.

O que são stablecoins e por que elas são importantes?

Stablecoins são ativos digitais atrelados a moedas estáveis, geralmente ao dólar americano. Para empresas, stablecoins são importantes por trazerem confiabilidade. Ao combinar a estabilidade do dólar com a eficiência da liquidação via blockchain, criam uma base sólida sobre a qual as empresas podem operar.

Na prática, isso significa menos surpresas no fluxo de caixa, mais controle sobre a liquidez e uma ferramenta que preenche a lacuna onde os sistemas bancários convencionais podem falhar.

O "Sanduíche de Stablecoin" nos fluxos internacionais

A mecânica dos pagamentos internacionais com stablecoins é simples:

• Rampa de entrada: A moeda local é trocada por stablecoins através de uma exchange regulamentada ou parceiro de pagamentos.
• Transferência internacional: As stablecoins são transferidas em redes blockchain, com liquidação praticamente instantânea.
• Rampa de saída: No destino, as stablecoins podem ser mantidas como dólares digitais ou convertidas para moeda local para uso operacional.

Para equipes de tesouraria e finanças, isso cria um gerenciamento de liquidez mais flexível. Os recursos podem ser redistribuídos entre mercados em tempo real, protegidos das oscilações cambiais e rastreáveis de ponta a ponta.

Em vez de substituir o real ou o dólar, as stablecoins frequentemente atuam como uma camada intermediária — o que alguns chamam de "Sanduíche de Stablecoin": moeda local convertida em stablecoin, transferida globalmente em segundos e convertida de volta em moeda local na chegada.

Benefícios para empresas globais

• Pagamentos internacionais mais rápidos e econômicos: reduzem tempo de dias para minutos e custos.
• Proteção do valor em mercados voláteis: uso de dólares digitais para faturamento e reservas em economias inflacionárias.
• Acesso ao comércio global: permite operações internacionais sem contas tradicionais em dólar.
• Pagamentos mais eficientes: Plataformas podem pagar em stablecoins e destinatários recebem moeda local.

Liquidez, infraestrutura e outros desafios

• Liquidez nas rampas de entrada e saída: conversão eficiente entre moeda local e stablecoins é essencial, principalmente em grandes volumes.
• Segurança e controles: proteção de ativos digitais exige infraestrutura tecnológica e controles internos rigorosos apoiados por terceiros de confiança.
• Alinhamento operacional: adoção bem-sucedida depende de educação das equipes financeira, jurídica e operacional e integração de novos fluxos.

Um passo importante é o surgimento de redes globais que conectam infraestrutura de ativos digitais aos sistemas de pagamento locais e ao conhecimento do ecossistema. Fireblocks construiu um dos maiores ecossistemas do mundo. Ao entrar para a Rede Fireblocks para Pagamentos, a dLocal está ajudando a tornar o uso de stablecoin uma opção prática para empresas em mercados emergentes.

No fim, é esse tipo de infraestrutura de pagamento que torna as stablecoins úteis no dia a dia corporativo. Para evoluir da fase de teste para escala, as empresas precisam de meios confiáveis para converter entre dólares digitais e moedas locais, conectando com meios de pagamento familiares e compatíveis.

Como as empresas estão usando stablecoins

• Pagamentos a fornecedores e vendedores: liquidar faturas internacionais, reduzindo custos e melhorando eficiência.
• Pagamentos de plataformas e trabalhadores gig: plataformas digitais financiam e liquidam com stablecoins, enquanto trabalhadores recebem em moeda local.
• Gestão de tesouraria: empresas em países inflacionários usam stablecoins para preservar valor e transferir liquidez entre fronteiras.

O futuro à frente

As stablecoins estão ganhando espaço como ferramenta de tesouraria e liquidação para negócios que atuam em mercados emergentes. Grandes companhias estão começando a integrar stablecoins em suas estratégias de pagamento, abrindo caminho para uma adoção ainda maior.

Entraves persistem, mas, conforme a base se consolida, as stablecoins têm tudo para se tornar parte da infraestrutura dos negócios digitais — ajudando empresas a lidar com volatilidade, reduzir custos e mover dinheiro entre fronteiras com mais eficiência. Organizações que começarem a testar agora estarão mais preparadas para quando o dinheiro digital virar rotina.

Principais conclusões

• As stablecoins fornecem pagamentos internacionais mais ágeis e econômicos, reduzindo processamento de dias para minutos e diminuindo taxas.
• Protegem contra volatilidade cambial, favorecendo gestão de caixa resiliente em regiões inflacionárias.
• Simplificam tesouraria e reduzem dependência da infraestrutura bancária tradicional, permitindo maior alcance global.
• Permitem agilizar pagamentos para fornecedores, folha de pagamento e prestadores de serviço, otimizando fluxo de caixa.
• Adoção cresce com regulação mais clara e liquidez local mais robusta; empresas que agirem agora terão vantagem competitiva.